
Como bom jornalista que sou, fui ler as notícias da manhã no melhor veículo de notícias da
atualidade: o
Twitter. Fiquei pasmo ao descobrir que nesta madrugada morreu o cartunista
Glauco. Bandidos invadiram sua casa em Osasco de madrugada, tentaram roubá-lo e sequestrá-lo, e acabaram alvejando a ele e a seu filho com vários tiros. Osasco... por que é que não me surpreendo?
Glauco era um cartunista. Um desenhista. Um
chargista. Um
quadrinistra. Levava a alegria e a diversão para as pessoas. Por que matá-lo?
Me lembro que o conheci nas histórias do
Geraldinho que eu lia no caderno Folhinha do jornal que vocês já imaginam qual é. Depois conheci o
Geraldão, Dona Marta, Casal Neuras,Zé do Apocalipse,
Doy Jorge... e me lembro que também havia Los
Tres Amigos, que depois viraram quatro, onde
Glauco interagia com seus companheiros de profissão
Laerte,
Angeli e Adão.
Glauco foi um dos poucos
quadrinistas brasileiros que conseguiu se destacar nadando contra a forte correnteza do monopólio Maurício de
Souza. Além disso, chegou a ser roteirista dos programas TV Pirata e TV Colosso da Rede Globo.
Por que matar um cartunista? É nessas horas que aflora o meu lado direitista. É nessas horas que me dá vontade de pegar os bandidos e capá-los... deixando eles vivos, mas extinguindo sua masculinidade. Que cortem também suas mãos, para que não atirem mais... seus pés, para que não entrem na casa dos outros. Sim... estou revoltado. E não acharei ruim se a polícia pegar e torturar os malandros.
Glauco se foi nesta madrugada aos 53 anos. Apesar da minha revolta momentânea, quero que a lembrança desse cara seja a diversão que ele
proporcionou em vida com suas
tirinhas e
charges.
Abaixo, alguns de seus personagens e seu traço inconfundível.
