segunda-feira, 29 de março de 2010

Armando Nogueira (1927-2010)


Morreu hoje aos 83 o jornalista Armando Nogueira. O cara é das antigas. Foi testemunha ocular do atentado ao jornalista Carlos Lacerda. Foi responsável pela criação do Jornal Nacional e Globo Repórter. Escrevia os textos do Cid Moreira na época em que Mister M. ainda nem era nascido. Apaixonado por esportes. Promoveu o clássico debate entre Collor em Lula de 1989. O cara não curtiu a edição maldosa feita pela emissora e reclamou com o ainda vivo Roberto Marinho. A alta cúpula da TV Globo o aposentou. Mas ele continuou aí firme e forte por alguns bons anos. Só não posso dizer que ele vai poder reencontrar Roberto Marinho do outro lado, pois provavelmente eles foram para lugares diferentes.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Adendo ao Obituário de Glauco

Como acompanhamos nos noticiários deste final de semana, a morte do cartunista Glauco não foi causada por uma tentativa de assalto e sequestro. O homem que entrou na casa das vítimas era um conhecido, frequentador de uma igreja fundada pelo próprio. A igreja em questão, era como se fosse uma paróquia do Santo Daime. Glauco era adepto do Santo Daime, que é uma mistureba da religião católica com o hábito de beber uma bebida alucinógena extraída de um cipó amazônico, muito apreciado pelo índios doidões.

Sou abstêmio e não uso entorpecentes. Até já tive vontade de experimentar a bebida, mas soube que tinha o gosto semelhante ao da azeitona, então fiquei com nojo. Mas o fato é que uma religião em que o ritual básico é beber um alucinógeno só poderia mesmo atrair loucos. Muitos drogados acabam se convertendo à doutrina do Santo Daime. A bebida é liberada legalmente. Me lembro até que nos tempos de escola tinha um cara muito doido, fumava igual fusca velho e cheirava igual o Fábio Assunção. Adivinhem, virou instrutor, sacerdote, ou algo assim do Santo Daime. Bom, no caso de Glauco, a "paróquia" que ele fundou ficava em sua própria casa. E não é legal trazer doidos para a própria casa.

Escutei no rádio hoje cedo que o assassino tinha sido pego tentado atravessar a ponte da amizade em Foz do Iguaçu. Filho da Puta. Na hora de ficar doidão, vai lá e faz a merda. Na hora de arcar com as consequências fica espertinho e tenta fugir para o Paraguai.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Glauco Villas-Boas (1957-2010)

Como bom jornalista que sou, fui ler as notícias da manhã no melhor veículo de notícias da atualidade: o Twitter. Fiquei pasmo ao descobrir que nesta madrugada morreu o cartunista Glauco. Bandidos invadiram sua casa em Osasco de madrugada, tentaram roubá-lo e sequestrá-lo, e acabaram alvejando a ele e a seu filho com vários tiros. Osasco... por que é que não me surpreendo?

Glauco era um cartunista. Um desenhista. Um chargista. Um quadrinistra. Levava a alegria e a diversão para as pessoas. Por que matá-lo?

Me lembro que o conheci nas histórias do Geraldinho que eu lia no caderno Folhinha do jornal que vocês já imaginam qual é. Depois conheci o Geraldão, Dona Marta, Casal Neuras,Zé do Apocalipse, Doy Jorge... e me lembro que também havia Los Tres Amigos, que depois viraram quatro, onde Glauco interagia com seus companheiros de profissão Laerte, Angeli e Adão.

Glauco foi um dos poucos quadrinistas brasileiros que conseguiu se destacar nadando contra a forte correnteza do monopólio Maurício de Souza. Além disso, chegou a ser roteirista dos programas TV Pirata e TV Colosso da Rede Globo.

Por que matar um cartunista? É nessas horas que aflora o meu lado direitista. É nessas horas que me dá vontade de pegar os bandidos e capá-los... deixando eles vivos, mas extinguindo sua masculinidade. Que cortem também suas mãos, para que não atirem mais... seus pés, para que não entrem na casa dos outros. Sim... estou revoltado. E não acharei ruim se a polícia pegar e torturar os malandros.

Glauco se foi nesta madrugada aos 53 anos. Apesar da minha revolta momentânea, quero que a lembrança desse cara seja a diversão que ele proporcionou em vida com suas tirinhas e charges.

Abaixo, alguns de seus personagens e seu traço inconfundível.


quarta-feira, 10 de março de 2010

Corey Ian Haim (1971-2010)

Morreu hoje o ator mirim e ídolo adolescente dos anos 80 chamado Corey Haim. O cara fez parte da minha infância participando do clássico Garotos Perdidos e do ícone da Sessão da Tarde Sem Licença para Dirigir. Mas o cara já tava com 38 anos e tão suspeitando que foi overdose. O rostinho dele já não era o mesmo que ficou na nossa memória. Então, por isso, deixo aqui essa foto do ator no momento de sua vida em que ele mais brilhou.

domingo, 7 de março de 2010

Dener Pacheco (????-2010)


Morreu na madrugada de sábado o ator e modelo Dener Pacheco. Ele estava internado com suspeita de câncer nos pulmões e no estômago. Não sei dizer com qual idade ele morreu pelas informações desencontradas dadas pela mídia. Ora dizem que ele tinha 25, ora dizem que tinha 28. O fato é que estava novo, de qualquer forma. Ele tinha interpretado o riquinho Renan na novela Caras e Bocas, seu primeiro trabalho na televisão e já estava sendo comparado a Robert Pattison, o vampiro idiota de Crepúsculo. Dener não gostava da comparação. A mim, não agradava a interpretação de ambos... mas nem por isso a morte deixa de me chocar.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Jânio Lopo (1958-2010)


Morreu ontem de um infarto agudo no miocárdio o jornalista baiano Jânio Lopo. O engraçado é que eu nunca tinha ouvido falar dele antes, mas rapidamente ele se torou um Trending Topic do famoso microblog chamado Twitter. Mas lendo um pouco sobre ele para postar aqui, descobri que ele parecia ser um cara bacana. Faria 52 anos no próximo dia 15.

Alfredo José da Silva (1929-2010)


Para quem não sabe de quem se trata, o apelido conhecido do falecido acima era Johnny Alf. Dizem que foi o precursor, ou quem sabe o real inventor da bossa nova. Morreu ontem. Estava abandonado em um asilo da região do ABC Paulista. Não tinha parentes. Dizem que foi um injustiçado e que não lhe foi dada a devida importância, dada tamanha a sua importância na história da música brasileira. Muito triste. Porque do corpo, todo mundo morre. Mas da memória...

segunda-feira, 1 de março de 2010

José Ephim Mindlin (2014-2010)


Morreu ontem aos 95 anos o bibliófilo José Mindlin. Ele era também empresário e advogado, mas essa é a parte chata. O legal é que ele era um grande colecionador de livros e montou a maior biblioteca particular do Brasil.

Ouvi falar dele pela primeira vez talvez em alguma reportagem do Fantástico ou Globo Repórter, mas depois aprendi mais um pouco sobre ele com a professora e jornalista Cremilda Medina nas minhas aulas na USP. Inclusive, ele tinha doado recentemente grande parte de seu acervo para a Universidade de São paulo.

Merecidamente, foi nomeado imortal da Academia Brasileira de Letras... muito mais merecida do que a nomeação de muitos, como José Sarney, por exemplo... e por que raios o Mindlin morre e o Sarney não? Ah... é aquela história do vaso ruim, não é? Tudo bem. Já estamos acostumados.

O corpo de Mindlin se foi, mas sua obra o torna imortal.

Dawn Brancheau e a baleia "assassina"

A treinadora de baleias do Sea World, famoso parque aquático da Flórida, morreu nas mãos de uma de suas amigas... na verdade de um macho, chamado Tilikium. Me lembro quando estive neste parque quando ainda era menino e assisti ao show de Shamu e suas amigas jogando água na platéia e lançando seus treinadores ao alto. Mas... é complicado lidar com um animal desse tamanho e que pesa mais do que um elefante. Mesmo animais adestrados podem perder o controle de vez em quando... mas enfim... deu no que deu. Muitos artigos interessantes sobre o fato circulam por aí... alguns revoltados, outros não... mas é sempre bom refletir... pensar qual a função desses animais na natureza, na serventia ao homem... é sempre bom se colocar no lugar...

Dawn se foi... foi um acidente de trabalho... assim como a morte de Ayrton Senna. Poderia ter sido evitada? Não sei... quem sabe?