sexta-feira, 12 de março de 2010

Glauco Villas-Boas (1957-2010)

Como bom jornalista que sou, fui ler as notícias da manhã no melhor veículo de notícias da atualidade: o Twitter. Fiquei pasmo ao descobrir que nesta madrugada morreu o cartunista Glauco. Bandidos invadiram sua casa em Osasco de madrugada, tentaram roubá-lo e sequestrá-lo, e acabaram alvejando a ele e a seu filho com vários tiros. Osasco... por que é que não me surpreendo?

Glauco era um cartunista. Um desenhista. Um chargista. Um quadrinistra. Levava a alegria e a diversão para as pessoas. Por que matá-lo?

Me lembro que o conheci nas histórias do Geraldinho que eu lia no caderno Folhinha do jornal que vocês já imaginam qual é. Depois conheci o Geraldão, Dona Marta, Casal Neuras,Zé do Apocalipse, Doy Jorge... e me lembro que também havia Los Tres Amigos, que depois viraram quatro, onde Glauco interagia com seus companheiros de profissão Laerte, Angeli e Adão.

Glauco foi um dos poucos quadrinistas brasileiros que conseguiu se destacar nadando contra a forte correnteza do monopólio Maurício de Souza. Além disso, chegou a ser roteirista dos programas TV Pirata e TV Colosso da Rede Globo.

Por que matar um cartunista? É nessas horas que aflora o meu lado direitista. É nessas horas que me dá vontade de pegar os bandidos e capá-los... deixando eles vivos, mas extinguindo sua masculinidade. Que cortem também suas mãos, para que não atirem mais... seus pés, para que não entrem na casa dos outros. Sim... estou revoltado. E não acharei ruim se a polícia pegar e torturar os malandros.

Glauco se foi nesta madrugada aos 53 anos. Apesar da minha revolta momentânea, quero que a lembrança desse cara seja a diversão que ele proporcionou em vida com suas tirinhas e charges.

Abaixo, alguns de seus personagens e seu traço inconfundível.


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