
Morreu nesta segunda-feira a italiana Eluana Englaro.
Li várias notícias a respeito do mesmo caso e as achei um pouco desencontradas.
O fato é que desde 1992, há 17 anos, ela estava em coma ou estado vegetativo (não sei se são a mesma coisa). A família lutou por anos na justiça para conseguir autorização pra a eutanásia ou o desligamento dos aparelhos que a mantinham viva (também não sei se são a mesma coisa). Conseguiram em Dezembro. Uns intrometidos do governo italiano quiseram reverter essa decisão judicial. Sexta-feira passada os aparelhos que supostamente a mantinham viva foram desligados. Outros intrometidos do Vaticano estão julgando que a moça foi assassinada.
Não cabe a mim julgar, pois não sei até que ponto é possível tirar uma vida de alguém que não estava vivendo.
Cabuloso esse caso. Me lembra o vídeo do trasnplante de corpo em macacos.
ResponderExcluirBjs, Almeidinha!
Almeida, senti o mesmo incômodo quanto a você no desencontro das apurações do caso. Coma e estado vegetativo creio não serem a mesma coisa. Já o desligamento dos aparelhos já configura a prática da eutanásia na minha opinião. Assim como você eu acho difícil julgar esse tipo de atitude. Só tenho base quando tento - ainda que de modo falho - me colocar no lugar das Eluanas e suas famílias. Sou a favor da eutanásia, mas antes de tudo, sou a favor de que a decisão cabe, irrestritamente, à pessoa em questão e seus familiares. É nesse ponto que eu critico a postura do governo italiano de barrar o processo. O Estado deve zelar por seus componentes, mas tudo tem um limite, e esse limite para mim encontra-se no livre arbítrio das pessoas quando envolvem decisões a respeito de sua própria vida (mas que não ponham em risco a de outros).
ResponderExcluirSurpreendo-me cada dia mais com teu blog. Soará como humor negro, mas a morte das pessoas, pode geralmente suscitar bons debates. E seu blog serve perfeitamente a esse objetivo.
É o famoso "morreu e esqueceu de cair"...
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