terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Eluana Englaro (1970-2009)


Morreu nesta segunda-feira a italiana Eluana Englaro.

Li várias notícias a respeito do mesmo caso e as achei um pouco desencontradas.

O fato é que desde 1992, há 17 anos, ela estava em coma ou estado vegetativo (não sei se são a mesma coisa). A família lutou por anos na justiça para conseguir autorização pra a eutanásia ou o desligamento dos aparelhos que a mantinham viva (também não sei se são a mesma coisa). Conseguiram em Dezembro. Uns intrometidos do governo italiano quiseram reverter essa decisão judicial. Sexta-feira passada os aparelhos que supostamente a mantinham viva foram desligados. Outros intrometidos do Vaticano estão julgando que a moça foi assassinada.

Não cabe a mim julgar, pois não sei até que ponto é possível tirar uma vida de alguém que não estava vivendo.

3 comentários:

  1. Cabuloso esse caso. Me lembra o vídeo do trasnplante de corpo em macacos.

    Bjs, Almeidinha!

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  2. Almeida, senti o mesmo incômodo quanto a você no desencontro das apurações do caso. Coma e estado vegetativo creio não serem a mesma coisa. Já o desligamento dos aparelhos já configura a prática da eutanásia na minha opinião. Assim como você eu acho difícil julgar esse tipo de atitude. Só tenho base quando tento - ainda que de modo falho - me colocar no lugar das Eluanas e suas famílias. Sou a favor da eutanásia, mas antes de tudo, sou a favor de que a decisão cabe, irrestritamente, à pessoa em questão e seus familiares. É nesse ponto que eu critico a postura do governo italiano de barrar o processo. O Estado deve zelar por seus componentes, mas tudo tem um limite, e esse limite para mim encontra-se no livre arbítrio das pessoas quando envolvem decisões a respeito de sua própria vida (mas que não ponham em risco a de outros).

    Surpreendo-me cada dia mais com teu blog. Soará como humor negro, mas a morte das pessoas, pode geralmente suscitar bons debates. E seu blog serve perfeitamente a esse objetivo.

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  3. É o famoso "morreu e esqueceu de cair"...

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