quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Fernando Antonio Alves de Souza (1943-2009)

Morreu na quinta passada um médico que foi vereador. Antes de ler seu obituário em um jornal de grande circulação, comecei a me questionar: Por que não escrevo sobre a morte de domésticas ou pedreiros? A mídia só noticia com pompa a morte de figurões. E o meu blog até tenta, mas não consegue ser democrático.

Mas esse parece ter sido um cara bacana. Foi lá no Xingu (MT) em 1978 dar uma de Che Guevara, tipo Diários de Motocicleta. Depois virou vereador em Campanha (MG), sem parar de exercer a medicina. E defendia a gratuidade do cargo político. Afinal, para ele "Vereador é devoção, não profissão". Concordo plenamente com ele. Ganharia o meu voto. Mas parece que os figurões lá da área derrubaram sua proposta.

3 comentários:

  1. Concordo com ele tb...se fosse assim ai ai

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  2. Não sabia que a ágora grega havia deixado seus fãs! Acabar com os salários políticos seria uma puta revolução. Entretanto, ela deveria ser bem pensada e bem implementada. Caso contrário, o tiro poderia sair pela culatra. Poderia aumentar o desvio de verbas, o clientelismo, o peculato e as mais diversas práticas da corrupção. Revolução política sim, mas em paralelo com uma revolução social. Está aí, mais um que não deveria fazer parte do seu blog.

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  3. Olá Almeidinha,

    O Fernando, em questão, é meu tio, irmão da minha mãe. Apenas para completar a informação: ele realmente não conseguiu acabar com o salário dos vereadores, no entanto, doou todos que recebeu durante os 4 anos de mandato para instituições da cidade de Campanha, onde era vereador.

    Foi para lá também por ideologia, para ser o médico da pequena cidade onde nasceu sua mãe (minha avó). Sempre cuidou de quem trabalhou com ele e, para nosso orgulho, seu velório contou com mais presença de seus amigos e funcionários do que de políticos.

    Dr. Fernandão, como era conhecido, foi gente que fez. E deixou saudade!

    Grande abraço e obrigado pela homenagem.

    Daniel Alves de Souza Mourão

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